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Parlamento Europeu aprova reforço de acções de controlo da pesca nas Regiões Ultraperiféricas

Parlamento Europeu aprova reforço de acções de controlo da pesca nas Regiões Ultraperiféricas

O Parlamento Europeu votou Terça-feira em Estrasburgo o relatório sobre “Como harmonizar os controlos de Pesca na União Europeia”, aprovado em plenário por 581 votos a favor, 59 contra e 48 abstenções, tendo a Eurodeputada Sofia Ribeiro considerado que “este é de facto um passo muito importante para o sector das pescas das Regiões Ultraperiféricas em geral e para os Açores em particular, uma vez que a nossa Região apresenta uma enorme zona económica exclusiva e este sector atravessa uma forte crise”.

De facto, o Parlamento Europeu aprovou diversas recomendações para a revisão do regulamento sobre o controlo de pescas, que terá lugar em 2017, entre as quais a necessidade de controlos mais eficazes, a protecção da pesca costeira e artesanal, o tratamento igualitário dos pescadores nos vários países da UE, uma aplicação uniforme das inspecções e o envolvimento do sector pesqueiro, nomeadamente da pesca costeira, tradicional e artesanal, cuja protecção e promoção deve ser o objectivo de qualquer nova legislação.

Segundo Sofia Ribeiro “este foi um documento em que me envolvi desde a primeira hora, apresentando mais de 29 propostas na defesa das pescas das RUP, tendo a sua esmagadora maioria ficado integrada no documento final, agora aprovado. É por isto com muito orgulho e satisfação que vi, para bem deste sector tão importante, a aprovação da minha proposta, em que defendi que a eficácia dos controlos varia também em função da enorme diversidade de áreas de pesca da UE, que inclui zonas restritas e confinadas, cujos recursos pesqueiros são partilhados essencialmente pelos Estados-Membros adjacentes, bem como zonas de pesca muito longínquas e remotas. Destaquei em particular, as características específicas das RUP, cujas vastíssimas Zonas Económicas Exclusivas (ZEE) eminentemente oceânicas, conjugadas com o tipo de recursos pesqueiros explorados (maioritariamente espécies de profundidade e grandes migradores pelágicos) e com a escassez de recursos alternativos, justificam claramente um reforço das acções de controlo nestas regiões fortemente dependentes da pesca e altamente vulneráveis à actividade devastadora de frotas reconhecidamente incumpridoras das regras da PCP”.

A terminar as suas declarações, Sofia Ribeiro referiu que “os deputados das RUP têm de ser polivalentes, pois apesar de não estar na Comissão de Pescas do Parlamento Europeu, sigo com muita atenção todos os assuntos e relatórios que possam estar relacionados com a nossa Região e tento influenciá-los, alterá-los de modo a irem mais ao encontro das nossas necessidades. Foi isto que também fiz neste relatório, em prol do sector das pescas da nossa Região”, concluiu.

Fonte: Diário dos Açores

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