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Pescadores de goraz já só podem pescar 68 toneladas para atingir o limite da quota atribuída aos Açores
Os pescadores açorianos de goraz e peixão já atingiram as 449.886 toneladas de pescado, estando muito perto da quota de 507 toneladas atribuída aos Açores, segundo estatísticas da ‘Lotaçor’. Faltam dois meses até ao final do ano, e as embarcações só podem pescar 68 toneladas de goraz.
Por decisão da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Mar, os pescadores de goraz só podem pescar 5% da espécie em referência à pescaria total que a embarcação faça por dia.
Esta medida do departamento governamental vai estender a pescaria quase até ao final do ano. E é em Novembro e Dezembro que o goraz tem mais valor no mercado espanhol. Fica demonstrado que a decisão governamental foi a mais correcta.
Do total de capturas até agora, 228,1 mil toneladas foram de goraz vendido em lota a um preço médio de 14.22 euros, o que perfaz o total de 3.244,9 mil euros distribuídos por armadores e pescadores. Foram pescadas 221,7 toneladas de peixão vendido em lota ao preço médio de 8.25 euros, o que perfaz o total de 1.829,1 mil euros. No total, os armadores e pescadores de goraz fizeram em lota um valor total de, aproximadamente, 5 milhões de euros.
O goraz representa 25% a 30% do rendimento dos pescadores dos Açores.
A Comissão Europeia propôs ao Conselho de Ministros das Pescas uma redução da quota do goraz para os Açores para 447 toneladas em 2017 e para 278 toneladas em 2018, o que representa uma quebra “insustentável” nos ganhos anuais dos pescadores.
Primeira batalha de Gui Menezes no Conselho das Pescas da União Europeia
O próximo Conselho de Ministros das Pescas, onde tem assento o Ministro do Mar português e o Secretário da Ciência, Tecnologia e do Mar dos Açores, que é agora Gui Menezes, vai fazer um ‘forcing’ para alterar a proposta da Comissão Europeia.
O novo responsável pelas pescas, nos Açores, Gui Menezes, tem 49 anos, é doutorado em Ecologia Marinha pela Universidade dos Açores e licenciado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
O governante açoriano tem do seu lado estudos científicos e todo o sector pesqueiro açoriano. O Presidente da Federação das Pescas, Gualberto Rita, por exemplo, não percebe que a Comissão Europeia insista nestes cortes na pesca do goraz nos Açores, depois dos governos da República e da Região Autónoma terem apresentado estudos científicos a evidenciar que os stocks da espécie estão a crescer e que uma redução da quota tem um impacto sócio-económico “muito negativo nos pescadores”.
“Não há necessidade nenhuma de aplicar esta medida. Estamos completamente contra”, afirmou Gualberto Rita.
“Com uma redução destas”, sublinhou, “ não podemos estar a prever um cenário pior do que aquela que temos com as 507 toneladas”. Ainda há uma última esperança de o Conselho de Ministros das Pescas da União Europeia alterar a proposta da Comissão de reduzir a quota do goraz para os Açores. Nesta reunião do Conselho de Ministros das Pescas, Portugal vai fazer uma última tentativa para alterar a proposta da Comissão Europeia.
Na opinião de Gualberto Rita, “a quota ideal” para os Açores são as 678 toneladas iniciais de goraz “mas, no mínimo, que fiquem as 507 toneladas deste ano”.
Fonte: Correio dos Açores