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Quebra de 13% no valor do pescado vendido nas lotas dos Açores

Quebra de 13% no valor do pescado vendido nas lotas dos Açores

A Federação das Pescas dos Açores anunciou ontem uma quebra de 13% no valor do pescado nos Açores, em relação ao mesmo período do ano passado, em resultado do período de defeso da pesca do goraz e da falta de atum patudo que, em anos normais, já estaria a ser pescado nos mares da Região.

Gualberto Rita anunciou, por outro lado, que de Janeiro a Março, o preço médio nas lotas dos Açores foi de 54,5 euros, mais um euro que em igual período do ano passado, o que, em sua opinião, “é uma notícia positiva” até porque “mostra que o nosso peixe tem cada vez mais qualidade”.

O presidente da Federação das Pescas, no diálogo com o ‘Correio dos Açores’ realçou a importância de activar os contractos de trabalho dos armadores com os pescadores, numa primeira fase, na pesca costeira.

Apontou como um dos problemas da pesca na Região a falta de um sistema de transporte de peixe adequado. E, nesta perspectiva, relevou a necessidade de haver um avião cargueiro a transportar o peixe da Região para o exterior. Em sua opinião, este avião cargueiro iria beneficiar, sobretudo, as ilhas dos grupos central e ocidental. “Os compradores querem o peixe a tempo e horas no mercado e qualquer atraso representa uma desvalorização do peixe e, com isso, perdem os Açores”, afirmou Gualberto Rita.

“Sabemos que nenhuma empresa concorreu ao concurso para o avião cargueiro mas é importante que se resolva esta questão”, disse o presidente da Federação das Pescas.

Gualberto Rita manifestou-se satisfação pela decisão do governo de conceder “uma linha de crédito de dois milhões de euros à pesca, sobretudo para permitir a reparação das embarcações, impossível de concretizar sem este incentivo face à diminuição de rendimentos da pesca.

Considerou “importante” o que designa como “venda do peixe à borda do barco” (venda directa de peixe do pescador ao consumidor), uma situação que já vinha ocorrendo em alguns portos de forma ilegal e que, agora, tem enquadramento legal em legislação regional até 50 quilos de peixe.

“Precisamos de conhecer qual a legislação que vai regulamentar esta pesca directa dos pescadores aos consumidores. Queremos saber como tudo vai funcionar”, afirmou o presidente da Federação das Pescas para depois deixar claro que “ embora importante, não é só esta medida que vai resolver os problemas dos pescadores dos Açores”.

Fonte: Correio dos Açores

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