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Refugiados norte-americanos? Uma aldeia no Alasca ameaçada pela subida das águas
Os habitantes de Kivalina, quase todos nativos do Alasca e de origem inuíte, sabem que vão ter de se mudar num futuro próximo.
Os cerca de 400 habitantes de Kivalina, no Alasca, olham com preocupação pelas janelas. É assim quando os efeitos das alterações climáticas e da subida das águas é visível mal se sai a rua: Kivalina, situada numa língua de terra numa barreira de coral está a ser engolida pelas águas.
Nesta localidade a alguns quilómetros acima do círculo polar ártico, cercada de água, as praias estão cada vez mais pequenas e cada tempestade é uma dor de cabeça. Em 2011 quase toda a aldeia precisou de ser evacuada devido a uma tempestade, mas só alguns conseguiram sair a tempo, os restantes tiveram de se refugiar na escola.
O gelo que protegia a cidade do mar nos invernos mais tempestuosos costumava ficar de outubro a junho, mas está a aparecer cada vez mais tarde no ano e a derreter cada vez mais cedo, deixando a ilha mais vulnerável ao avanço das águas durante os episódios de mau tempo. Por outro lado, as mudanças também estão a afetar a caça e a pesca, muito importantes para a sobrevivência da comunidade.
Os habitantes, quase todos nativos do Alasca e de origem inuíte, enfrentam a necessidade de se mudar nos próximos anos e concordam com ela, mas resta saber quem vai pagar a mudança. Em 2008 os habitantes tentaram processar as 24 maiores petrolíferas do mundo, sem sucesso. E lembram que são cidadãos norte-americanos.
Os habitantes do Alasca já estão a viver os efeitos das alterações climáticas: “Incêndios mais frequentes e extensos. Tempestades marítimas mais frequentes à medida que o gelo derrete mais depressa. Alguma da erosão costeira mais rápida do mundo – em alguns locais, mais de um metro por ano, reconheceu presidente norte-americano Barack Obama no sábado.
O Alasca é o destino da próxima viagem de Barack Obama, que vai aproveitar a localização para falar das alterações climáticas e pedir ações urgentes para enfrentar o problema. A viagem, diz o The New York Times, foi “coreografada para emprestar imagens espetaculares e exemplos do mundo real” à mensagem de Obama, que se tornará assim no primeiro presidente norte-americano a visitar a única parte do país acima do círculo polar ártico.
Uma mensagem que fica, no entanto, manchada por uma decisão tomada este mês: a Casa Branca deu luz verde à Shell para fazer perfurações exploratórias no Ártico, uma medida muito criticada pelos ambientalistas.
A viagem surge também uma semana depois de a NASA avisar que desde 1993 houve uma subida global do nível do mar de 7,62 cm – com algumas regiões do Atlântico, Índico, Pacífico e mar Austral a registarem valores ainda maiores, da ordem dos 22,8 cm.
Fonte: Diário de Notícias