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Valorizar o peixe com menor valor comercial para aumentar o rendimento dos pescadores açorianos

Valorizar o peixe com menor valor comercial para aumentar o rendimento dos pescadores açorianos

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia disse, em Ponta Delgada, que é preciso “valorizar comercialmente as espécies de peixe menos valorizadas, que têm um elevado valor nutricional”.

“A diversificação do consumo de peixe na Região é uma forma garantir a sustentabilidade dos nossos recursos e a valorização do pescado capturado nos Açores”, defendeu Fausto Brito e Abreu, que falava terça-feira na apresentação do projeto Valorizar o Mar dos Açores, uma iniciativa da Cresaçor, em parceria com a Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Lotaçor, Escola de Formação Turística e Hoteleira e Escola Profissional de Capelas.

Fausto Brito e Abreu manifestou satisfação com os resultados deste projeto, que envolveu mais de duas dezenas de alunos de escolas de formação profissional de São Miguel com o objetivo de sensibilizar os futuros profissionais de cozinha para a inovação gastronómica e para a importância do consumo diversificado e sustentável de pescado fresco.

“A vantagem deste projeto é que permitiu que os jovens chefes tivessem o desafio de aproveitar espécies menos valorizadas, como a raia, a abrótea, a veja, a tainha ou o peixe-porco, para criar novos pratos”, disse.

Para Brito e Abreu, “a valorização do pescado será um fator determinante para o aumento dos rendimentos dos pescadores e para o sucesso da fileira das pescas”, sendo uma das medidas do documento estratégico ‘Melhor Pesca, Mais Rendimento’, apresentado pelo Secretario Regional do Mar no último Conselho Regional das Pescas.

“A dimensão cultural e ecológica da pesca artesanal nos Açores tem merecido à Região reconhecimento como um dos destinos turísticos mais sustentáveis do mundo”, frisou, acrescentando que “o peixe capturado nos Açores é certificado com os estatutos de ‘Friend of the Sea’ e ‘Dolphin Safe’”.

O projeto Valorizar o Mar dos Açores, que envolve escolas, associações e restaurantes, tem uma forte componente de educação não formal e é financiado pelo Programa Juventude em Ação – Iniciativa Jovem.

A Secretária Regional Adjunta da Presidência para os Assuntos Parlamentares, também presente no evento, referiu que “a aprendizagem feita fora do contexto formal de uma atividade escolar não deixa de ter método”, apontado este projeto como um “excelente exemplo” de educação não formal que “dá resposta à necessidade de sensibilizar os jovens profissionais para a sustentabilidade dos nossos mares”.

O Valorizar o Mar dos Açores incluiu ainda a criação de um livro digital de receitas, que será disponibilizado gratuitamente, e uma série de produtos promocionais, como horários escolares, blocos de notas, individuais de mesa e um livro digital, que serão distribuídos nas escolas e em restaurantes.

Este projeto prevê ainda várias iniciativas junto de escolas, lares de idosos, empresas de ‘catering’, estabelecimentos comerciais e restauração, para promover uma crescente introdução de espécies de peixes menos valorizadas nas suas ementas.

Fonte: GaCS

3 Comentários neste artigo

  1. ZÉ PESCADOR

    É MAS ELES QUANDO VÃO AO RESTAURANTE PEDEM CHERNE E PARA POR NA FATURA BIFES COM BATATAS FRITAS PARA NÃO PARECER MAL.

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  2. Rui Malato

    Bom Site! Informação Util, para todos quantos procuramos vidas mais Sustentáveis e equilibradas!

    Obrigado!

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