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Em 2017 o preço médio do pescado nos Açores foi do mais alto do país

Em 2017 o preço médio do pescado nos Açores foi do mais alto do país

Em 2017 a região Norte apresentou o maior número de pescadores matriculados (26,3% do total) detendo, simultaneamente, a maior percentagem de inscritos na pesca do cerco (53,1% do total deste segmento), segundo dados revelados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A região Centro ocupou o segundo lugar, com 22,6% do total de pescadores inscritos e caracterizou-se por ser a região que deteve mais de metade (53,1%) dos profissionais da pesca do arrasto e dos inscritos em águas interiores não marítimas (53,7%).

Em termos do total de pescadores matriculados, seguem-se a Região Autónoma dos Açores (19,7%), o Algarve (com 15,4%), a AM Lisboa (10,1%), a Região Autónoma da Madeira (3,5%) e o Alentejo (2,3%).

As actividades de apanha e pesca apeada sem o auxílio de embarcação são por vezes exercidas em complementaridade com outras actividades económicas.

Em 2017, estavam licenciados nestas actividades 1231 apanhadores de animais marinhos (1224 em 2016) e 225 pescadores apeados (224 em 2016), que operaram com redes de tresmalhomajoeiras, para a pesca de espécies piscícolas demersais, com ganchorra de mão, para a pesca de bivalves, ou com galheiro para a pesca de lampreia no Rio Cávado.

Em relação a 2016 houve um acréscimo do número de licenças, quer para a apanha de animais marinhos (+0,6%) quer para a pesca apeada (+0,4%).

O número de apanhadores cresceu nas regiões do Norte, Centro, Alentejo e na Região Autónoma dos. Açores, enquanto na AM Lisboa, Algarve e na Região Autónoma da Madeira diminuíram.

Na pesca apeada, o número de pescadores aumentou na AM Lisboa, Alentejo e Algarve, mas reduziu-se nas regiões do Norte e Centro.

 

Menos licenças atribuídas nos Açores

Relativamente a 2016, foram atribuídas menos 389 licenças a nível nacional, com redução generalizada em todas as regiões, com especial incidência nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

A atribuição de licenças foi igualmente menor para todas as artes, sobretudo para as modalidades anzol e redes.

Licença de pesca é a autorização para o uso de uma determinada arte com uma certa malhagem ou especificação.

Em 2017 foram atribuídas 20 668 licenças de pesca, correspondendo, em média, a 5 artes/malhagens licenciadas por embarcação.

 

Preço médio anual dispara nos Açores

O preço médio anual do pescado fresco ou refrigerado, descarregado em portos nacionais em 2017 registou um aumento de 0,14 euros/kg em relação a 2016, o que correspondeu a um acréscimo de 6,5%, passando de 2,10 euros/kg para 2,23 euros/kg.

Este aumento reflectiu a subida de preços registada quer no Continente (+5,3%), quer nas Regiões Autónomas dos Açores (+2,6%) e da Madeira (+1,2%), tendo-se registado preços superiores nas categorias peixes marinhos, moluscos e crustáceos.

Em 2017 a taxa de variação média do Índice de Preços no Consumidor (IPC) para o peixe fresco ou refrigerado foi 1,0%.

Ao nível de NUTS I, o Continente passou de uma variação de -0,7% em 2016 para +0,8% em 2017.

As Regiões Autónomas apresentaram um comportamento distinto, registando um crescimento médio dos preços positivo para os Açores e negativo para a Madeira.

Entretanto, a pesca descarregada nos Açores aumentou em Abril (ver quadro do SREA).

Fonte: Diário dos Açores

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