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A Federação de Pescas dos Açores quer que Governo acione Fundopesca por quebra de rendimentos
O presidente da Federação de Pescas dos Açores (FPA) enviou hoje um ofício ao Diretor Regional das Pescas a solicitar a ativação do Fundopesca devido à quebra de rendimentos dos pescadores em 2014.
“Nós tivemos um ano com uma quebra de rendimentos muito grande. Já no final do verão, quando tivemos a analisar o número do bonito (atum) vimos que os armadores tiveram penalizações muito fortes pela não passagem de cardumes no mar dos Açores”, declarou à agência Lusa José António Fernandes.
O Fundopesca é um mecanismo financeiro que compensa os pescadores pela impossibilidade de irem ao mar devido ao mau tempo ou outros fatores que contribuam para a sua quebra de rendimentos.
Este apoio é acionado quando durante oito dias consecutivos ou 15 interpolados, durante um mês, o mau tempo impede a saída para o mar dos pescadores ou não há descarga de pescado em lota.
O líder dos pescadores considera que após uma análise dos valores anuais da pesca e, de forma particular, o mês de dezembro, verifica-se que este tem sido “muito mau tempo” nos Açores, enquanto nos últimos dez dias não tiveram lugar “grandes descargas” em lota.
“Grande parte da frota dos Açores que pesca junto à costa tem estado parada e as previsões são más para o início de 2015.Depois de conversar com os presidentes das associações das diversas ilhas, chegamos à conclusão que estava na altura de solicitar ao Governo Regional que reúna o Conselho Administrativo do Fundopesca”, declara o presidente da FPA.
José António Fernandes refere que o rendimento do pescado em lota foi de 27,5 milhões de euros, enquanto em 2013 este valor atingiu os 31,5 milhões de euros, totais considerados “muito maus”.
A última vez que o Fundopesca foi ativado foi em março, defendendo o líder dos pescadores que o Conselho Administrativo do Fundopesca reúna na primeira quinzena de janeiro para o ativar de novo.
O secretário regional do Mar, que detém a tutela das pescas, já disse em novembro, no parlamento dos Açores, não estarem reunidas as condições para ativar o Fundopesca.
Fausto Brito e Abreu considerou que as descargas em lota, que são acompanhadas “diariamente”, não indicam que estejam reunidos critérios previstos na legislação em vigor para o acionamento do fundo.
Fotografia: Café Portugal
Fonte: Açoriano Oriental