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Açores exportaram em 2016 menos 545,3 toneladas de pescado do que em 2015

Açores exportaram em 2016 menos 545,3 toneladas de pescado do que em 2015

A exportação de peixe caiu o ano passado nos Açores 21,5% em relação a 2015, uma quebra que se reflectiu em toda a fileira do pescado, mas sobretudo na frota atuneira e na classe piscatória. De facto, o ano passado, a Região exportou 1.995.958 quilos de peixe, menos 545,308 quilos do que em 2015.
Entre as espécies piscícolas mais exportadas estão o goraz, o imperador e o alfocim, espécies que estão limitadas por quotas e que atingem valores tão elevados no mercado que inibem a sua compra pela maioria esmagadora dos consumidores açorianos.
A quebra na exportação de pescado deveu-se o ano passado, sobretudo, à grande diminuição nas pescarias do atum patudo, que é praticamente todo exportado em fresco para o continente português, Espanha, Japão e outras origens.
Da ilha de São Miguel foram exportados o ano passado 1.065.310 quilos de pescado, menos 27,1% do que em 2015, ano em que foram exportados 1.459.958 quilos de peixe.
Uma das maiores quebras na exportação de pescado o ano passado aconteceu na Terceira. Em 2016 foram exportados da ilha 385.779 quilos de pescados quando, em 2015, haviam sido exportados 598.163 quilos de pescado.
Da ilha do Faial foram exportados o ano passado 183.001 quilos de pescado quando, em 2015, haviam sido exportados 203.093 quilos. A quebra na exportação foi de 9,9%.

 

Ilhas que aumentaram exportações

As únicas duas ilhas da Região que aumentaram a exportação de pescado foram o Pico (+cerca de 40%); e São Jorge (+109,4%).
De facto, da ilha do Pico exportou-se o ano passado 44.683 quilos de pescado quando, no ano anterior, havia-se exportado 31.794 quilos de peixe.
Na ilha de São Jorge exportou-se o ano passado 33.304 quilos de pescado, quando em 2015 se haviam exportado apenas 15.910 quilos de peixe.
Em 2016, a exportação de pescado também cresceu em Santa Maria (48.435 quilos) quando, no ano anterior havia exportado 31.579 quilos.
Em contrapartida, registou uma quebra na exportação de pescado da Graciosa. O ano passado foram exportados da ilha 75.631 quilos de pescado quando, em 2015, haviam exportado 124.102 toneladas de pescado.
Na ilha das Flores registou-se o ano passado uma quebra na exportação do pescado (47.302 quilos), quando, em 2015, haviam exportado 69.541 quilos.
Na ilha do Corvo a exportado de pescado veio para metade o ano passado (3.858 quilos) quando em 2015, do Corvo tinha sido exportado 7.134 quilos de pescado.

 

Conservas não sofreram com quebra na pesca

A indústria de conservas e preparados de peixe com sede nos Açores, que vive essencialmente do atum bonito e algum patudo, curiosamente, não sofreu qualquer efeito com a redução das capturas de pescado na Região, exportando o ano passado praticamente o mesmo que em 2015.
De facto, enquanto em 2015 a indústria conserveira regional havia exportado 8.134.011 quilos de peixe em conservas, no valor de 48,1 milhões de euros, no ano passado a exportação foi de 8.085.007 quilos de pescado em conservas, no valor de 48,9 milhões de euros. Ou seja, o mercado das conservas estava tão favorável o ano passado para a indústria conserveira regional que menos peixe em conservas representou mais valor no mercado.
Mais de metade das conservas açorianas (4,4 mil toneladas no valor de 29,1 milhões de euros) foram o ano passado para o mercado nacional. Praticamente duas mil toneladas de conservas, no valor de 10,6 milhões de euros, foram exportadas para o mercado da União Europeia. Para países terceiros foram exportadas 1,6 mil toneladas de conservas, no valor de 9,1 milhões de euros.

Fonte: Correio dos Açores

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