-
Família com covid-19 vítima de intoxicação tratada em câmara hiperbárica da Marinha - 19 Janeiro, 2021
-
Fragata Vasco da Gama comemora 30 anos ao serviço da Marinha e de Portugal - 19 Janeiro, 2021
-
Salvas 54 vidas no mar dos Açores em 2020 - 19 Janeiro, 2021
-
Reposição de combustível no Corvo gera discordâncias entre o governo e a EDA - 19 Janeiro, 2021
-
Lara Martinho defende desburocratização dos fundos europeus de pesca - 19 Janeiro, 2021
-
Vende-se jangada para 6 pessoas com suporte por 650 euros - 19 Janeiro, 2021
-
Francisco Furtado especialista em transportes diz que lhe faz confusão como se debate o tema na Região - 18 Janeiro, 2021
-
Mário Mota Borges garante que serão tomadas as medidas necessárias para garantir bom funcionamento do Porto de Ponta Delgada - 18 Janeiro, 2021
-
Governo açoriano lamenta pedido de deputados para fiscalização da nova Lei do Mar - 15 Janeiro, 2021
-
Nova Lei do Mar no Tribunal Constitucional por iniciativa de 38 deputados do PS, PSD e PCP - 15 Janeiro, 2021
Algas Comestíveis
Existem cerca de 10.000 espécies de macroalgas divididas em 3 grandes grupos: castanhas (Ochrophyta), verdes (Chlorophyta) e vermelhas (Rhodophyta), de acordo com os pigmentos fotossintéticos e a composição química. Algumas macroalgas crescem mais de 50cm por dia, chegando a atingir mais de 60m de comprimento, outras só crescem alguns centímetros por ano. A distribuição e abundância das espécies são condicionadas por vários fatores ambientais e fatores biológicos como a resistência a predadores e a competição entre espécies por recursos essenciais. As diferentes estratégias de adaptação das macroalgas a estes fatores são facilmente visíveis na elevada diversidade de tamanho, forma, cor e textura existente entre espécies e até mesmo dentro da mesma espécie.
As macroalgas têm sido utilizadas desde a antiguidade como alimento e medicamento. O registo mais antigo data de 12100 AC no Chile. Nos países ocidentais, o interesse das macroalgas na alimentação humana tem vindo a aumentar, principalmente devido à tendência para a utilização e consumo de produtos 100% naturais e ao reconhecimento das suas propriedades nutricionais (proteínas, fibras, vitaminas, ácidos gordos insaturados, minerais) e nutracêuticas (e.g. antioxidante, anti colesterol). Na Europa a legislação (EC258/97) restringe a utilização generalizada de macroalgas na alimentação humana e animal, admitindo apenas 22 espécies como comestíveis. No entanto, não há registos de algas tóxicas para consumo humano (só algumas com sabor muito amargo!). Noutras partes do mundo, há muitas outras espécies que entram na dieta das populações e que podem mesmo ser encontradas em alguns pontos de venda na Europa (p.e. a Codiumspp. Caulerpa spp., Hizikia fusiformis, Macrocystis pyrifera).
A extracção de ficocolóides (fico=alga + colóide=gel) a nível industrial é um sector muito importante da aplicação das algas. Os alginatos (algas castanhas), os carraginatos e o agar (algas vermelhas) são dos agentes estruturantes e/ou texturizantes mais explorados para várias aplicações na indústria alimentar, cosmética, biomedicina, farmacêutica, entre outras. Os produtos que apresentem os códigos E400 a E407 têm na sua composição estes ficocolóides (e.g. pasta de dentes, gelatina).
Em baixo segue a lista atual das espécies de algas consideradas comestíveis na Europa (www.ceva,fr) por nome científico e comum.
CASTANHAS
Alaria esculenta – Wakame atlântico
Ascophyllum nodosum – Limo-de-nós
Fucus vesiculosus
Fucus spiralis – Bodelha, Botelho, Fava-do-Mar
Himanthalia elongata – Esparguete-do-Mar
Laminaria digitata
Laminaria japónica / Saccharina japonica
Saccharina latissima
Undaria pinnatifida – Wakame, Kelp
VERDES
Enteromorpha spp. – Erva-patinha verde, Fitas-verdes
Ulva spp. – Alface-do-mar
VERMELHAS
Chondrus crispus – Musgo-irlandês
Gracilaria verrucosa – Cabelo-de-velha
Lithothamnium calcareum
Mastocarpus stellatus – Falso Musgo-irlandês
Palmaria palmata – Botelho-comprido
Porphyra spp. (umbilicalis, tenera, yezoensis, dioica, purpurea, laciniata, leucosticta) – Erva-patinha, Nori Atlântico
Apesar de não fazer parte da lista do “Centre d´Étude et Valorisation des Algues”, a espécie Osmundea pinnatifida ou Erva-malagueta tem um histórico considerável de consumo nos Açores e outras partes da Europa, onde são um aperitivo muito apreciado.
Fonte: Tok de Mar