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Alkioni novo navio para a Atlânticoline e que substituirá o Hellenic Wind

Alkioni novo navio para a Atlânticoline e que substituirá o Hellenic Wind

O catamaran “ALKIONI” será o segundo navio a operar pela AtlanticoLine nas ligações inter-ilhas este verão. A notícia foi divulgada no final da semana passada.

O navio, que estava à venda em vários sites (especializados na venda de embarcações) foi sinalizado para compra pela PORTUCALENCE SHIPPING COMPANY SA, a mesma empresa proprietária do EXPRESSO SANTORINI. A concretização da compra, ao que apurou o ‘Correio dos Açores’, está dependente da aprovação pelo Tribunal de Contas do contrato estabelecido com a Atlânticoline para o Verão de 2016 e com opção de renovação até 3 anos.

De acordo com as informações obtidas, o catamaran ALKIONI foi construído em 1994, no Japão, e renovado em 2006 na Grécia. A sua venda estava anunciada por quatro milhões e quatrocentos mil dólares, e  possui quatro motores CATERPILLAR com uma potência total de 18.960HP. O consumo a 18/24 ou 26 nós é de 1.6/3.4 toneladas por hora. O navio tem 100 metros de comprimento e um calado de 3,12 m construído em alumínio.

As notícias de que a PORTUCALENSE estava à procura de um navio para substituir o Hellenic Wind começaram a surgir em Novembro do ano passado no blog Grego dedicado a navios HellasRoundup. Apesar do Presidente da Atlânticoline, ter afirmado em Fevereiro que não sabia ainda com que barcos iria operar, os armadores Gregos estavam então já confiantes que ganhavam o concurso feito pela empresa açoriana. Os Gregos já sabiam que estes eram o Expresso Santorini e o Alkioni.

E tinham toda a razão, até porque terão sido os únicos (das sete empresas convidadas) a apresentar uma proposta. A sazonalidade e curta duração da operação parece ser a razão principal do desinteresse de outros armadores. Esta situação dá um forte poder negocial aos gregos que compram assim o terceiro navio, propositadamente, para alugar à Atlânticoline. O primeiro foi o Expresso Santorini, depois o Viking, rebatizado HellenicWind, e agora com o ALKIONI que deverá manter o mesmo nome.

Os Açores revelam-se assim um bom negócio para os Gregos, uma situação que levanta dúvidas sobre se a região, através da Atlânticoline, deveria ou não ter comprado a embarcação. As mesmas dúvidas se colocam com a falta de decisão, há cerca de 4 anos, sobre a construção de dois novos navios. Como se essas dúvidas não bastassem, há a questão do Atlântida. Havia na região uma certa unanimidade sobre a recusa em receber o navio devido aos erros de construção e aos relatórios existentes que colocavam dúvidas sobre a sua segurança (teste de estabilidade). Essa unanimidade aumentou quando aconteceu o acidente com  o ferry sul-coreano que se voltou e afundou causando inúmeros mortos. Apesar disso, a recente compra do navio  por uma empresa norueguesa, sabendo-se que aquele país é muito exigente em questões de segurança marítima, vem levantar dúvidas sobre se havia ou não outra solução para além da recusa pura e simples. Um especialista nestas questões, contactado pelo ‘Correio dos Açores’, afirmou que a segurança dos passageiros deve ser a principal preocupação e, em caso de dúvida, como parece ter existido com o Atlântida, a melhor opção foi recusar o navio como foi feito.

Fonte: Correio dos Açores

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