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Descobertas 60 espécies marinhas na Arrábida
Campanha oceanográfica de levantamento da biodiversidade marinha mobilizou quatro navios e 200 pessoas em duas semanas.
Mais de 60 espécies marinhas, cuja presença na região da Arrábida era desconhecida até agora, foram identificadas pela quinta campanha oceanográfica dedicada ao levantamento da biodiversidade marinha realizada pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC).
A expedição científica foi realizada entre 20 de setembro e 4 de outubro de 2014 entre o Outão e o Cabo Espichel, mobilizou quatro navios e envolveu mais de 200 pessoas – cientistas, estudantes de doutoramento, mestrado e licenciatura, técnicos, instrutores de mergulho, alunos do ensino secundário e tripulações dos navios. Participaram na campanha universidades, Laboratórios Associados e centros de investigação nacionais e internacionais. Ao mesmo tempo, oito equipas de mergulhadores integrando biólogos marinhos, realizaram um total de 244 mergulhos entre os três metros e os 43 metros de profundidade, tendo recolhido amostras e feito registos fotográficos e em vídeo das espécies observadas.
As imagens de vídeo foram recolhidas através de um mini-ROV (pequeno submarino operado à distância) e permitiram investigar os fundos marinhos ao largo da Serra da Arrábida até aos 100 metros de profundidade. Entre as espécies identificadas figuram 30 briozoários (pequenos animais que formam colónias, com esqueleto microscópico em forma de caixa, cada um albergando um animal individual), um hidrozoário (organismo invertebrado com tentáculos, que forma colónias onde cada elemento tem uma função específica), quatro esponjas, três moluscos, 14 algas e um peixe, o caboz (Gobius buchichi).
Na Baía de Sesimbra foi também descoberto um campo de anémonas a 50 metros de profundidade e um jardim de esponjas e corais a 60 metros de profundidade.
Investigar 2000 amostras biológicas
A expedição científica continua agora em terra, com o arranque das investigações laboratoriais das mais de 2000 amostras biológicas recolhidas, do processamento dos dados e da análise minuciosa dos registos de fotografia e vídeo. Os navios mobilizados foram o “Creoula”, da Marinha Portuguesa; a caravela “Vera Cruz”, da Aporvela (Associação Portuguesa de Treino de Vela); o veleiro “Blaus VII”, da Escola Naval; e o “Santa Maria Manuela”, da empresa Pascoal.
Neste barco foi feito o lançamento do Visualizador [email protected], primeira fase da versão online de acesso público do [email protected], uma base de dados que incorpora um sistema de informação georeferenciada da biodiversidade marinha nacional. O sistema foi desenvolvido para fornecer as informações necessárias à concretização dos compromissos de Portugal relativos ao processo da União Europeia de extensão da Rede Natura 2000 ao meio marinho, nas águas sob jurisdição portuguesa.
E contempla também os dados relativos à biodiversidade do oceano profundo obtidos nas campanhas realizadas pela EMEPC no âmbito do Projeto de Extensão da Plataforma Continental portuguesa, que se encontra em apreciação final nas Nações Unidas. O Visualizador [email protected] pode ser acedido por qualquer pessoa a partir do site da EMEPC (www.emepc.pt) ou diretamente em www.emepc.pt/Marbis/index.htm.
Fonte: Expresso