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“Deus dos mortos”. Paleontólogos descobrem nova espécie de baleia no Egito

“Deus dos mortos”. Paleontólogos descobrem nova espécie de baleia no Egito

Paleontólogos descobriram uma espécie de baleia que viveu há mais de 43 milhões de anos. Seria tão assustadora que o seu nome científico foi inspirado em Anúbis, deus egípcio dos mortos.

De acordo com o site Live Science, a espécie recentemente descoberta, apelidada de Phiomicetus anubis, viveu há mais de 43 milhões de anos e podia chegar aos três metros de comprimento.

Tanto podia andar em terra como na água e tinha poderosos músculos no maxilar, que lhe teriam permitido mastigar facilmente as suas presas, como crocodilos e pequenos mamíferos.

Além de ter sido assustadora, o crânio desta antiga baleia tem algumas semelhanças com a cabeça de chacal de Anúbis, daí a inspiração do nome do deus egípcio dos mortos para o seu nome científico.

“Foi um predador ativo e bem-sucedido. Penso que seria o deus da morte para a maioria dos animais que viviam ao seu lado”, disse ao mesmo site Abdullah Gohar, estudante de Paleontologia de Vertebrados da Universidade de Almançora, no Egito, e autor principal do estudo publicado, a 25 de agosto, na revista científica Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences.

Os restos fósseis do P. anubis tinham sido descobertos em 2008, durante uma expedição na Depressão Fayum, uma zona naquele país famosa pelos fósseis da vida marinha que datam do Eoceno (entre há 56 milhões e 33,9 milhões de anos).

Ao analisar alguns dos restos mortais deste espécime, que tinha 600 quilos, a equipa descobriu que é a baleia mais antiga (ou mais “primitiva”) de África, de um grupo de baleias semiaquáticas conhecido como Protocetidae.

Mas a P. anubis não foi a única baleia do Eoceno descoberta no Egito. Os seus fósseis vieram da mesma zona onde, anteriormente, também foram encontrados fósseis de uma Rayanistes afer, uma das primeiras baleias aquáticas.

Esta descoberta sugere que ambas viveram na mesma época e no mesmo lugar, mas provavelmente ocuparam nichos diferentes. É até possível que a P. anubis tenha caçado crias da R. afer, tornando o seu novo nome ainda mais apropriado, concluiu Gohar.

Fonte: ZAP

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