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Fenómeno El Niño está de volta

Fenómeno El Niño está de volta

A Austrália e o Japão confirmaram esta terça-feira o regresso do fenómeno El Niño – um aquecimento generalizado das águas do Pacífico à superfície que costuma causar eventos meteorológicos extremos em todo o planeta.

Ao contrário dos meteorologistas norte-americanos, que em abril tinham previsto um El Niño fraco, os cientistas australianos e japoneses apontam agora para um fenómeno especialmente intenso (as previsões de maio costumam ser mais certeiras que as de abril, sublinha a Reuters). As águas da zona equatorial do Pacífico já se encontram com uma temperatura acima da média e a Austrália prevê que os valores possam subir ainda mais a partir de setembro.

A BBC recorda que o último El Niño, registado há cinco anos, foi apontado como responsável por tempestades no sudeste asiático, seca no sul da Austrália, nas Filipinas e no Equador, nevões nos Estados Unidos, vagas de calor no Brasil e cheias no México.

Na Europa, e apesar do efeito de um El Niño não ser tão forte como noutros continentes, o fenómeno é habitualmente tido como responsável por invernos mais frios e secos nos países do Norte e mais húmidos nos países do Sul, como Portugal.

O leste de África também costuma registar precipitação acima da média no decorrer do El Niño.

Outro efeito secundário particularmente grave do El Niño de 2009 foi a destruição das produções de cereais na Ásia e na Oceânia, o que fez disparar preços nos mercados internacionais. Os stocks de trigo, arroz, milho e soja são os mais vulneráveis.

Em 2009, o impacto na agricultura trouxe fome e crise económica a várias nações do globo. Também as pescas são particularmente vulneráveis às oscilações de temperatura no Pacífico e ao consequente efeito dominó meteorológico.

O El Niño costuma registar-se ciclicamente, em intervalos médios de quatro anos, e pode durar entre seis a 15 meses. O fenómeno contrário, o do arrefecimento intenso das águas do Pacífico, designa-se por La Niña e também comporta consequências meteorológicas extremas a nível mundial.

Fonte: MB Cam

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