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Frota atuneira descarregou nas lotas dos Açores mais do quíntuplo da descarga ocorrida o ano passado

Frota atuneira descarregou nas lotas dos Açores mais do quíntuplo da descarga ocorrida o ano passado

Foram descarregadas nas lotas dos Açores entre Janeiro e 22 de Junho 1.823 toneladas de atum, o que representa mais de cinco vezes mais do que o atum pescado nos primeiros seis meses do ano passado, segundo dados estatísticos publicados pela Lotaçor.

O atum descarregado nos primeiros seis meses deste ano (1.823 toneladas), representaram em lota quatro milhões de euros, o equivalente também a cinco vezes mais do que o valor do atum descarregado em igual período de 2017.
No total, foram descarregadas em lota, de 1 de Janeiro a 22 de Junho do ano passado 342,3 toneladas de atum, no valor de 757,2 mil euros.
As maiores quantidades de atum descarregado em lota nos primeiros seis meses deste ano foram de atum patudo (1.228 toneladas) no valor de 2.685 mil euros, o equivalente a um preço médio em lota de 2.19 euros por quilo.
No mesmo período do ano anterior haviam sido descarregados em lota 229 quilos de atum patudo no valor de 602 mil euros, o equivalente a um preço médio em lota de 2.63 euros o quilo.
Nos primeiros seis meses do ano em curso foram descarregadas em lota 668,9 toneladas de atum voador vendido por 1.178,7 mil euros, o que representa um preço médio em lota de 2.52 euros o quilo.
De Janeiro a Junho do ano passado foram descarregados em lota 816 quilos de atum voador, no valor de 2.471 euros, o que representou um preço médio de 3.04 euros o quilo.
Nos primeiros seis meses do ano em curso foram descarregadas em lota 124,7 toneladas de atum bonito, no valor de 182,6 mil euros, o equivalente a 1.46 euros o quilo. No mesmo período de 2017 foram descarregadas 112,4 toneladas de atum bonito no valor de 154 mil euros, o que representou um preço médio em lota de 1.41 euros o quilo.
Pela primeira vez este ano, foram descarregados 855 quilos de atum rabilho em lotas açorianas no valor de 7.800 euros, o que representou o preço médio de 9.12 euros o quilo.
É notório que, apesar de este ano se ter pescado, no mesmo período de tempo, mais do quíntuplo do peixe capturado o ano passado, o preço médio de lota por quilo não foi muito desproporcional entre os dois anos quando se esperava é que no ano em que se descarregou muito menos atum (2017), o preço por quilo fosse muito mais elevado do que foi este ano.

 

Porto de Abrigo contra aumento de preço de descarga de peixe na lota

Entretanto, a Cooperativa Porto de Abrigo distribuiu ontem um comunicado onde afirma que “não é aceitável que os pescadores fiquem limitados na captura de atum, nem é aceitável o agravamento dos custos operacionais da Lotaçor.
No comunicado, a Porto de Abrigo refere que a Lotaçor anunciou a entrada em vigor de uma nova tabela de preços a partir de 1 de Julho de 2018 e, da comparação da nova tabela de preços com a que se encontra em vigor, “constata-se, nalguns casos, aumentos superiores a 100%, ou estabelecimento de preços para serviços anteriormente cobertos pelas taxas de lota”.
No entender da Porto de Abrigo, o anúncio da nova tabele de preços a pagar pelos operadores e pesca “e, em particular, pelos pescadores”, verifica-se quando, “desde há vários anos, tem ocorrido uma grave deterioração” dos serviços prestados pela empresa pública, que se agrava muito quando acontece aumentar os níveis da actividade da pesca como ocorrido nas últimas semanas, com o aumento das capturas de atum”.
Entende a Porto de Abrigo que este aumento de preços “é injustificado e, em particular, o estabelecimento de preços relativo à utilização de gruas e empilhadores, tanto mais que os pescadores, e demais operadores, suportam o pagamento de taxas fixadas em percentagens fixas (4% sobre a primeira venda, pescador; 4% sobre a primeira venda comerciante e 3% nos contratos de abastecimento directo, isto é, em contratos que dispensam leilão)” que, no entender da cooperativa, “se destinam a realizar estes serviços”.
A Porto de Abrigo acaba por considerar “absolutamente urgente assegurar condições para que a pesca do atum, particularmente do patudo, possa continuar sem impedimentos, depois de um conjunto de anos que, por razões que não têm a ver com escassez, a pesca de tunídeos foi reduzida” na Região.

Foto: Jose Sousa

Fonte: Correio dos Açores

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