Correio dos Açores – Algumas das riquezas dos Açores estão na mineração e na evolução biotecnológica no mar da Região. A gestão destas riquezas deve ser feita pelos Açores ou com os Açores?
Laborinho Lúcio – Não tenho conhecimento construído que me permita responder a esta pergunta. Estamos aqui a conversar para eu lhe falar do que são as minhas convicções e não daquilo que me parece.
Mas há um aspecto que gostava de reforçar. Do ponto de vista dos oceanos, não creio que alguma coisa possa ser feita em termos nacionais que não passe, necessariamente, pelos Açores. E mesmo do ponto de vista da investigação, eu gostaria muito de ver, nomeadamente a Universidade dos Açores, a ter um papel de liderança neste domínio, mesmo em termos de projecção internacional, porque eu creio que há áreas essenciais que estão muito confinadas aos Açores como quando fala da biodiversidade; ou áreas que têm muito a ver, obviamente, com a República e com a Europa que são os oceanos mas, no meio dos quais, com uma dose de conhecimento instalado e com uma dose de experimentação muito aberta à intervenção, deve estar a Região Autónoma. Os Açores não podem, em nenhuma circunstância, estar excluídos desta relação.
Fonte: Correio dos Açores
