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‘Lancha voadora’ ligada à droga vai ser recuperada para fiscalizar mar da Madeira

‘Lancha voadora’ ligada à droga vai ser recuperada para fiscalizar mar da Madeira

A embarcação ‘Durangokid’ vai reforçar o dispositivo policial marítimo na Região, abrangendo as Ilhas Selvagens.

Há doze anos que a embarcação ‘Durangokid’ foi apanhada nas malhas da droga. Os tripulantes foram presentes a tribunal e a lancha arrestada pelas autoridades portuguesas. Desde então, o barco mantinha-se em cima de meia dúzia de cavaletes num dos molhes do porto de recreio da Calheta, um local que a rede escolhera para estar sediada ainda antes de ter sido aprisionada.

Ora, agora a Marinha vai recuperar esta ‘lancha rápida’ para utilizá-la nas águas da Região Autónoma da Madeira, disse o almirante Silva Ribeiro ao DN-Lisboa.

O almirante, que é Autoridade Marítima Nacional (AMN), explicou que a lancha cabinada entregue pela Justiça vai reforçar o dispositivo policial marítimo na Região – abrangendo as Ilhas Selvagens, onde essa força de segurança está instalada desde Agosto passado – e que inclui navios de patrulha oceânica e costeira da Marinha.

A embarcação ‘Durangokid’, com 18 metros de comprimento, tem capacidade para atingir velocidades máximas da ordem dos 30 nós (55 quilómetros/hora) e vai agora ser sujeita a trabalhos de reparação e configuração para emprego operacional, explicou o porta-voz da AMN.

O comandante Coelho Dias precisou que está a ser elaborado o concurso público para esse efeito, o que deve concretizar-se num estaleiro madeirense. Por concluir está o levantamento dos custos, acrescentou.

“O estudo do conceito de emprego ainda está a ser preparado”, explicou Coelho Dias, mas “é intenção utilizar” aquela embarcação em operações policiais e de intercepção que “requeiram pronta capacidade de reacção e alta velo-cidade”. Acções de presença, de fiscalização, de policiamento e de salvamento marítimo são outras das actividades a desempenhar pela lancha recebida em Março de 2016.

 

Apreendida em 2005

A ‘Durangokid’ foi apreendida em Junho de 2005 na Marina da Calheta, no âmbito de um processo de droga e cujo proprietário acabou por ser detido em Espanha. De acordo com os registos existentes, a embarcação foi declarada perdida a favor do Estado em 2008.

Em 2016, após o Comando-Geral da Polícia Marítima – então liderada por Silva Ribeiro – ter manifestado interesse na lancha, a Procuradoria de Leiria decretou a sua transferência para aquela força policial.

 

Balanço policial nas Selvagens

Os agentes da Polícia Marítima destacados em permanência nas ilhas Selvagens, desde finais de Agosto de 2016, efectuaram um total de 50 acções de fiscalização até ao fim de dezembro.

Do total dessas operações que abrangeram embarcações de recreio e de pesca, informou o porta-voz da AMN, 24 ocorreram no quadro da rede de vigilância e controlo das fronteiras externas da União Europeia e visando estrangeiros.

Note-se que já está a ser preparada a terceira e última fase de edificação da estrutura da Autoridade Marítima nas Selvagens, com a construção de um andar num dos edifícios existentes para aí colocar, entre outras instalações, um espaço para detenção de pessoas.

A primeira decorreu entre Julho e Agosto do ano passado, mês em que o Presidente da República visitou as ilhas Selvagens. A segunda fase prosseguiu entre Outubro e as vésperas do Natal.

Fonte: DN Madeira

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