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Mais de 90 pescadores morreram em acidentes em falésias nos últimos 20 anos

Mais de 90 pescadores morreram em acidentes em falésias nos últimos 20 anos

Mais de 90 pescadores morreram nos últimos 19 anos e 137 ficaram feridos em 252 acidentes registados em zona rochosa ou em falésia, a maioria na zona de Lagos.

Mais de 90 pescadores lúdicos morreram nos últimos 19 anos e 137 ficaram feridos em 252 acidentes registados em zona rochosa ou em falésia, a maioria na zona de Lagos, Faro, segundo dados da Autoridade Marítima Nacional. Há uma semana, um pescador lúdico, de 32 anos, caiu ao mar na praia da Biscaia, em Cascais, e ainda não foi encontrado.

Segundo os dados a que agência Lusa teve acesso, entre 1997 e 2016 foram registados 252 acidentes pesca lúdica (de lazer e desportiva) em zonas rochosas/falésia, que causaram 94 mortos, 137 feridos e 32 desaparecidos. Só no último ano, em 2016 foram registados 19 acidentes que provocaram quatro mortos, 14 feridos e um desaparecido em acidentes nestas zonas.

A maioria dos acidentes ocorridos entre 1997 e 2016 foi registado em Cascais na zona compreendida entre o Cabo da Roca e o Cabo Raso (distrito de Lisboa), em Sines entre Vila Nova de Milfontes e o Cabo Sardão (Setúbal), e em Lagos (entre Sagres e a Carrapateira (Faro). Os dados indicam que em Lagos foram registados 59 acidentes que provocaram 26 mortos, 33 feridos e cinco desaparecidos.

De acordo com a Autoridade Marítima Nacional (AMN), em Cascais ocorreram 47 acidentes, que causaram nove mortos, 26 feridos e sete desaparecidos. No que diz respeito a Sines, a Autoridade registou 32 acidentes, que provocaram sete mortos, 21 feridos e cinco desaparecidos.

Na informação enviada à Lusa, a AMN realça ainda que “todos os pescadores lúdicos são sujeitos a uma fiscalização genérica para efeitos de verificação de licença e tamanho do pescado, sendo sujeitos à aplicação de processos de contraordenação e coimas”.

A AMN informa que em 2016 e após fiscalização nas zonas de Cascais, Sines e Lagos, foram instaurados 52 processos de contraordenação, levantados 32 autos e aplicadas coimas no valor de 4.710 euros. No que respeita à fiscalização da atividade de pesca lúdica em todo o território nacional, os dados da AMN apontam para 2.474 presumíveis infratores, sendo que 27.306 estavam dentro da legalidade.

Das infrações detetadas, 1.115 diziam respeito a pesca em zona proibida, 792 a atividades exercidas sem licença, 341 a artes proibidas, 290 relativa a outras situações e 282 por capturas indevidas. Quanto aos custos das operações de fiscalização, busca/salvamento, a AMN lembra que “os custos das operações não são contabilizados diretamente, porquanto decorrem das missões normalmente atribuídas à Polícia Marítima”.

Fotografia: AMN

Fonte: Observador

 

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