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Peixe muito pouco conhecido é observado pela primeira vez nos Açores
Primeira observação de um peixe de grande profundidade pertencente à família Caulophrynidae.
Foi pela primeira vez que se conseguiu observar um peixe pertencente à família Caulophrynidae. Muito pouco é ainda conhecido sobre estes peixes bizarros que só se encontram em grande profundidade.
A observação foi feita por Kirsten e Joachim Jakobsen que operam o submarino tripulado LULA1000, nos Açores. A equipa do LULA1000 conseguiu obter filmagens espectaculares do peixe durante cerca de 25 minutos, no âmbito de uma missão a sul da ilha de São Jorge, em 800 metros de profundidade, em terreno que se caracteriza por falésias verticais.
O LULA1000 foi concebido e optimizado para filmagens de qualidade da fauna e habitats de profundidade. Este equipamento pertence à Fundação Rebikoff-Niggeler (www.rebikoff.org) e é usado em missões científicas e de mapeamento de fundos marinhos bem como em projetos cinematográficas nas vertentes e montes submarinos das ilhas dos Açores, em profundidades até 1000 metros.
De acordo com Theodore W. Pietsch da Universidade de Washington em Seattle, investigador e especialista nestes peixes, trata-se da espécie Caulophryne jordani (Fanfin Seadevil). O video mostra morfologia e comportamentos nunca antes documentados.
De facto, são dois peixes, ou seja: um casal. Trata-se de uma fêmea, com um chamado machoanão permanentemente fixado a ela. Estes peixes mostram extremo dimorfismo sexual. Os machos são cerca de dez vezes mais pequenos do que as fêmeas. Quando o macho ter encontrado uma fêmea, agarra-se com os dentes à barriga dela. A pele dos dois começa a fundir-se, e os sistemas circulatórios ligam-se, os dois ficam inseparáveis. Este fenómeno é chamado parasitismo sexual.
Caulophryne jordani é uma espécie extremamente rara, conhecida somente através de 14 espécimes preservados em coleções de museus de história natural no mundo inteiro. Não existia até hoje nenhum registo de um macho desta espécie. O vídeo também representa o primeiro registo em sítio de uma fêmea sexualmente parasitada deste grupo de peixes que consiste em 160 espécies presentemente reconhecidas.
A revista Science Magazine publicou a notícia na sua edição desta semana.
Link para video do peixe: https://vimeo.com/260426754
O video mostra de uma forma brilhante a capacidade dos organismos de grande profundidade de se adaptarem às condições de vida aí existentes.
O mar dos Açores em que a Fundação Rebikoff concentra o seu trabalho, é caracterizado por uma grande biodiversidade marinha.
Para aprender mais sobre as atividades da Fundação Rebikoff e as suas expedições no mar profundo: https://vimeo.com/261145881
Foto: ©Fundação Rebikoff
Fonte: Fundação Rebikoff