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José Serra, um repórter que gosta de partir pedra…
José Serra, 58 anos de idade, é conhecido pelo sucesso das suas imagens sub-aquáticas em vários programas da RTP.
Na RTP-Açores ficaram célebres os programas sobre “Ilhas Vivas” e, no continente, durante muitos anos, o programa “Bombordo”.
O repórter sub-aquático, como é conhecido, tem uma predilecção especial pelas coisas do mar desde a sua meninice.
Aos 6 anos de idade foi viver com os pais para a ilha das Flores e durante a meia dúzia de anos que lá permaneceu fez do mar a sua paixão.
“Vivi uma infância marítima, sempre ligado ao mar, daí esta paixão”, explica a ligação.
Agora reformado da RTP-Açores, onde foi jornalista de imagem durante vários anos, chefiando a Delegação do Faial, continua a dedicar-se ao mar e decidiu homenagear a fauna marinha com… pedra vulcânica das nossas ilhas.
“Fui levando isto como um hobie, mas depois dei por mim a levar a sério o trabalho, fui aperfeiçoando, apenas com um escopo e uma rebardadeira, e o resultado foram muitos elogios por parte da família e amigos”, diz José Serra.
O resultado está à vista.
O artista do mar tem percorrido algumas ilhas com uma exposição dos seus trabalhos, dando-lhe o título de “Aquário de pedra”.
São enormes pedras vulcânicas, originárias de vários concelhos e ilhas dos Açores, que transporta da beira-mar para casa e as vai esculpindo em forma de fauna marinha açoriana.
“É um trabalho pesado na medida em que não é fácil transportar as pedras; algumas delas são de outras ilhas e trazê-las até S. Miguel não é fácil; muitas partam-se nos contentores”, adianta, não lhe retirando o entusiasmo para prosseguir, até porque, como explica, “já estou a trabalhar numa outra exposição, agora com nove pedras de cada ilha”.
As obras artísticas estão em exposição até 1 de Maio no Centro de Estudos Natália Correia, na Fajã de Baixo, com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
José Serra continua ligado ao mar, possui um veleiro que percorre todas as ilhas, participa nas regatas açorianas e continua a mergulhar, sempre armado com a sua câmara sub-aquática.
O resultado de todo este esforço pode ser visto e apreciado até ao primeiro dia de Maio.
Fonte: Diário dos Açores