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Volvo Ocean Race: Velejadores dizem olá ao Atlântico e adeus ao Pacífico
Tripulações dobram Cabo Horn e deixam para trás os inóspitos, frios e duros Mares do Sul. Depois do “fim do mundo”, entram no Atlântico. Pensamento sobre o desaparecimento do velejador inglês John Fischer segue com a frota a caminho do Brasil. MAPFRE desvia rota para a Terra do Fogo para reparação do barco.
Naquela que é uma das mais duras e severas etapas na história da Volvo Ocean Race, 7600 milhas náuticas (cerca de 14.000 km) entre Auckland, Nova Zelândia e Itajaí, no estado de Santa Catarina, Brasil, quando faltam aproximadamente 1900 milhas para o final, a tripulação do Brunel deixou para trás os inóspitos Mares do Sul, dobrou o Cabo Horn e entrou no Atlântico.
Na passagem pelo “fim do mundo” (às 13h00, hora portuguesa) que permite à equipa holandesa, a primeira a saltar do Pacífico para o Atlântico, ganhar um ponto extra na classificação geral, com os olhos postos nos dias mais calmos que se perspetivam, o pensamento mantinha-se várias milhas náuticas atrás. “A tripulação está muito, muito, mesmo muito cansada”, escreveu Bouwe Bekking, skipper do Brunel. “Apesar de estarmos na frente, a bordo não estamos felizes … A perda do John (Fisher) está mais enraizada do que gostamos de admitir: eu penso nele muitas vezes”, continuou.
“Esta etapa é para um bom homem, o Fish”, sublinhou Chris Nicholson, do AkzoNobel”. Para Simon Fisher, do Vestas 11 Hour Racing, o Cabo Horn “é o mais difícil de enfrentar” e esta “é provavelmente a perna mais difícil no Oceano Pacífico”. Com cinco participações no curriculum não se recorda de uma travessia “tão dura”, sentenciou. Interiorizado o “que significa passar o Cabo Horn”, já em relação ao trágico desaparecimento do velejador inglês John Fischer, da equipa Sun Hung Kai / Scallywag, aproveitam para “fazer uma pausa e pensar no John e nos tripulantes do Scallywag”, equipa que está neste momento “a passar por uma provação terrível”, pelo que “este será um bom momento para prestarmos a nossa homenagem”.
Por seu turno, Dee Caffari, skipper do Turn the Tide on Plastic, barco com bandeira portuguesa (Fundação Mirpuri) sente-se como “uma mãe orgulhosa” ao conduzir seis pessoas a bordo “que nunca estiveram nos Mares do Sul” e “que estão prestes a passar o Cabo Horn, o que muitas pessoas não conseguem fazer”. Uma travessia pelo Cabo Horn que “é definitivamente para o Fish”, frisou.
MAPFRE reparou barco na Terra do Fogo e já retomou o caminho
Na última comunicação, Xabi Fernández, skipper da embarcação espanhola da MAPFRE reforçou que “até ao momento esta tem sido uma etapa duríssima, tanto desportivamente como animicamente”, sendo que em relação à notícia que fica a marcar a etapa e a própria história da Volvo Ocean Race, esta “pesa muito a bordo”. No entanto, deixa claro que a “a tripulação segue o caminho para não pensar demasiado e chegar a terra o quanto antes”, ao mesmo tempo que a “pouco a pouco” vai “digerindo” a notícia.
E enquanto as restantes tripulações da frota navegavam ao redor do Cabo Horn, a embarcação espanhola informou a Direção de Regata da Volvo Ocean Race que a seis milhas do Cabo Horn tomou a decisão de suspender a navegação para realizar uma reparação na embarcação, dirigindo-se para as ilhas de Freycinet, no arquipélago da Terra do Fogo. Ali encontraram-se com elementos da equipa de terra que sairam de Puerto Williams (Chile), tendo reparado o barco e já seguiram caminho.
A equipa Sun Hung Kai / Scallywag, essa, continua a avançar em direção à costa oeste do Chile, com a chegada a terra prevista para o início da próxima semana.
Foto: © Martin Keruzore/Volvo Ocean Race
Fonte: Sapo 24