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2015 foi um “ano mau para as pescas”, afirma presidente da Federação de Pescas dos Açores
O presidente da Federação de Pescas dos Açores afirma que 2015 foi um “ano mau para as pescas”, com uma quebra de cerca de 12% no peso de pescado capturado, o que equivale a 900 mil euros. Gualberto Rita aponta, apenas, como um dado muito positivo o facto de o preço médio em lota ter aumentado de três euros por quilo, em 2014, para três euros e 0,34 cêntimos este ano.
A má safra do atum, que tem um grande impacto nos resultados em todo o segmento da frota, é o que está na base deste saldo negativo. Para o responsável, “a quebra deve-se essencialmente à má safra dos tunídeos, pois é uma espécie muito relevante nos rendimentos dos pescadores e no total de capturas no final do ano. Em 2013 não foi menos boa, em 2014 foi péssima e ainda pior em 2015”.
Uma vez que se registou um grande decréscimo nas capturas, por falta de peixe, Gualberto Rita diz ser necessário saber pescar de forma sustentável, com vista a salvaguardar os recursos em gerações vendedoras. Desta forma, afirma que “devemos tomar medidas urgentes de forma a alterar este cenário, pois pescar menos já pescamos, de modo o que temos que fazer neste momento é vender melhor, se possível, e valorizar comercialmente espécies que são menos pescadas. O facto é que se voltarmos a ter uma má safra do atum e com o corte da quota do goraz e a limitação da quota dos alfonsins em 2016, prevemos um ano muito negro para o setor das pescas e consequente rendimento dos nossos pescadores”.
Face a isto, revela que irão solicitar ao Governo Regional a disponibilidade dos fundos comunitários o quanto antes, bem como a criação de uma linha de crédito com juros bonificados para a pesca, de forma a resolver custos operacionais que os pescadores têm com as suas embarcações, com vista a prevenir a falência das suas empresas para 2016.
Gualberto Rita sublinha, assim, as esperanças que a Federação de Pescas dos Açores tem para o próximo ano.
“Vejo com esperança o facto de podermos ver aqui aumentado o preço médio em lota, das descargas e do pescado capturado, e a nossa grande esperança vai para os tunídeos que tem muito impacto nos resultados em todo o segmento da frota e pode ser aqui a nossa salvaguarda nas pescas para 2016”, diz Gualberto Rita.
O responsável adiantou, ainda, que o setor das pescas serve como âncora do desemprego de outros setores, pois, devido à crise económica que se faz sentir na construção civil, houve um acréscimo do número de pescadores, ao contrário do que acontece a nível nacional, em que registou um decréscimo.
Foto: António Silveira
Fonte: Rádio Atlântida