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Alterações climáticas estão a dizimar a vida microscópica marinha
A vida marinha microscópica tem um importante papel nos ecossistemas oceânicos mas também no ecossistema global terrestre, já que estes seres microscópicos travam uma batalha diária contra as alterações climáticas – batalha que estão a perder.
Quer tenham 11 pares de pernas ou barbatanas, os animais marinhos desempenham um importante papel na absorção do dióxido de carbono (CO2). A conclusão é de um novo estudo da União Internacional para a Conservação da Natureza, que indica que animais como os pequenos peixes, krill, e várias formas de plâncton são absorsores itinerantes de CO2.
Segundo o estudo, estes seres consomem CO2, armazenam-no no seu corpo e dissolvem-no quando nadam, flutuam ou são comidos. Ao manterem o gás fora da atmosfera, estes pequenos animais travam o ritmo das alterações climáticas.
Embora sejam pequenas, a quantidade de CO2 que estas criaturas absorvem é significante. O plâncton, por exemplo, é uma espécie de “sugador biológico” responsável pelo armazenamento de 150 toneladas de CO2 por ano no fundo oceânico. Já o krill consegue consumir 22,8 milhões de toneladas de CO2 por ano.
Porém, a capacidade de armazenamento do gás por estes animais pode estar comprometida. Mares mais quentes, em consequência do aquecimento global, ameaçam a sobrevivência do krill. Os ovos destes animais eclodem apenas dentro de uma estreita variação de temperaturas e um estudo de 2013 concluiu que cerca de 20% do habitat do krill da Antárctica está em risco de se tornar demasiado quente.
A União Internacional afirma que as tentativas de controlar as emissões de CO2 têm estado focadas em proteger as costas e continentes, mas que os projectos de protecção e conservação esquecem-se frequentemente dos oceanos. “A negligencia-se o oceano e questiona-se a ineficácia das acções ou gere-se e restaura-se o oceano para aumentar a segurança alimentar e reduzir o impacto das alterações climáticas”, afirma Dan Laffoley, perito em áreas protegidas da União Internacional, cita o Dodo.
Assim, a organização defende que é necessária uma intervenção internacional e até mesmo a criação de um Fundo Verde para os Oceanos.
Fonte: SAPO Notícias