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Compra de novos barcos pelos Açores é “inquestionável”
O presidente indigitado da Altânticoline, empresa pública de transporte marítimo de passageiros nos Açores, considerou “inquestionável” e “estratégica” a opção da região de comprar dois barcos novos e disse acreditar que o tipo de navio escolhido é adequado.
João Ponte foi hoje ouvido na comissão de Economia do parlamento dos Açores, antes de tomar posse como presidente do conselho de administração da Atlânticoline, como prevê a legislação regional, tendo sido questionado em relação à opção da região de construir dois barcos com 115 metros e capacidade para 650 passageiros, no valor de 85 milhões de euros.
Na resposta aos deputados, e também aos jornalistas, no final da audição, João Ponte considerou “inevitável”, “inquestionável” e “estratégica” esta decisão, lembrando que o transporte de viaturas e pessoas entre todas as ilhas dos Açores é atualmente assegurado, entre maio e setembro, com dois barcos fretados a um armador grego.
Com os novos barcos, a região deixará de estar “nas mãos de terceiros”, questão que assume maior importância por não haver no mercado muitos navios com as características adequadas para operarem no mar dos Açores, acrescentou.
O ainda presidente da Câmara da Lagoa, na ilha de São Miguel, afirmou que este tipo de transporte é indispensável para o desenvolvimento económico dos Açores, a coesão territorial do arquipélago ou a potenciação do turismo e sublinhou que o lançamento do concurso internacional para a aquisição dos barcos está já aprovado pelo Conselho do Governo Regional.
Quanto à tipologia dos navios, disse ainda não conhecer a fundo o dossiê e garantiu, em resposta a questões do PSD, que, se depois de analisar todo o processo, concluir que são aconselháveis alterações, dará conta disso ao Governo Regional.
No entanto, vincou que acredita que a tipologia avançada é “a melhor escolha” e aquela que serve melhor “os interesses do transporte marítimo de passageiros e viaturas” nos Açores.
“Ninguém toma uma decisão destas de ânimo leve”, sublinhou, quando falou aos jornalistas, insistindo em afirmar que não lhe parece que esteja em causa uma mudança na tipologia dos barcos ou “a paragem no processo” de aquisição.
A decisão de comprar estes barcos não é pacífica nos Açores, com os críticos (entre eles a generalidade da oposição) a considerarem que não existe mercado no arquipélago para um investimento em navios desta dimensão.
João Ponte vai substituir Carlos Reis, que se demitiu no mês passado da presidência da Atlânticoline, alegando, segundo a Antena 1/Açores, “razões empresariais”, nomeadamente, “responsabilidades que não estão a ser cumpridas pela tutela [o Governo Regional dos Açores] “.
O novo presidente da empresa disse hoje que o Governo dos Açores deve à Atlânticoline sete milhões de euros e que “a região, os governos, as autarquias são pessoas de bem” e, “obviamente”, essa dívida será liquidada.
João Ponte acrescentou que, ao que parece, essa dívida não foi saldada em 2014 porque a Atlânticoline recebeu no ano passado a última fatia da indeminização dos estaleiros de Viana do Castelo por causa do “Atlântida” e essa verba “foi suficiente para o equilíbrio das contas” da empresa.
“Obviamente existem dificuldades na região e existem dívidas a outras empresas e não faria sentido, do meu ponto de vista, que a Atlânticoline passasse um ano com sete milhões a prazo”, afirmou.
João Ponte considerou, ainda, um “processo importante” a fusão já anunciada da Atlânticoline com a Transmaçor, a empresa de transporte marítimo de passageiros e viaturas no grupo central dos Açores, e garantiu que a sede da empresa que daí resultar será na Horta, como já foi pedido pelo parlamento regional.
Foto: Diário da Lagoa
Fonte: Açoriano Oriental