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‘Drone’ para meio aquático desenvolvido nos Açores chega ao mercado em 2015

‘Drone’ para meio aquático desenvolvido nos Açores chega ao mercado em 2015

Ziphius Aquatic Drone Now on Kickstarter from Ziphius on Vimeo.

O primeiro ‘drone’ comercial para meio aquático foi desenvolvido nos Açores e começa a ser comercializado online no verão de 2015, disse hoje o presidente executivo da empresa Azorena Aquatic Tecnologies.

“Para a questão da água praticamente não existe oferta. Eu diria que nós somos mesmo o primeiro ‘drone’ comercial que se propõe desenvolver um produto desta natureza”, afirmou Edmundo Nobre, à Lusa, revelando que o equipamento chama-se “Ziphius”, rondará os 350 euros e tem já cerca de 400 pré-reservas.

A tecnologia do “Ziphius” começou a ser desenvolvida em 2012, por especialistas em ‘design’, eletrónica e informática da Azorean Aquatic Tecnologies, empresa detida pela YDreams e que tem como objetivo ser líder mundial no mercado dos robóticos autónomos de exploração, em especial no meio aquático.

Edmundo Nobre explicou que o “Ziphius” é um ‘drone’ (aeronave não tripulada) superficial, que não mergulha, com capacidade para filmar e fotografar em alta resolução e em tempo real, sendo o controlo feito através de ‘smartphone’ ou ‘tablet’.

O equipamento, com autonomia de uma hora e um computador incorporado, possui dois motores, o que confere “grande flexibilidade e grande velocidade”.

“O nosso grande objetivo, neste momento, é tê-lo à venda no verão de 2015, dado que os nossos mercados principais são a América do Norte e a Europa. A comercialização vai ser, sobretudo, online”, revelou o CEO da Azorean Aquatic Tecnologies, empresa com uma equipa de dez pessoas.

Segundo disse Edmundo Nobre, os componentes eletrónicos serão comprados, sobretudo, na China e na Índia, sendo que a parte mais volumosa, ou seja, os moldes do equipamento, serão feitos na Marinha Grande.

“Faremos uma produção de séries pequenas, o suficiente para ir respondendo à procura. Não será necessário ter grandes ‘stocks’”, referiu Edmundo Nobre, para quem o “Ziphius” pode ser usado tanto por particulares como por entidades, empresas, universidades ou outros organismos.

“Já trabalhamos nalgumas propostas com a Universidade dos Açores, exatamente com o departamento de Biologia, na perspetiva de adaptar o produto para a monitorização de espécies infestantes nas zonas do porto, embora isso requeira algumas adaptações ao produto original”, afirmou.

No início de novembro, o secretário açoriano do Mar, Ciência e Tecnologia referiu que a região ia começar a utilizar um ‘drone’ para inspecionar zonas remotas do mar do arquipélago.

“Em 2015, a Inspeção Regional das Pescas está a prever uma parceria com uma empresa açoriana para o uso de um ‘drone’, de uma aeronave não tripulada, equipada com uma câmara de alta definição e com posição GPS, para fazer umas missões de fiscalização, nomeadamente, às Formigas e ao Banco Princesa Alice”, explicou Fausto Brito e Abreu.

Questionado sobre a parceria com o Governo dos Açores, o CEO da Azorena Aquatic Tecnologies limitou-se a reconhecer que “têm existido conversas”.

Lançado na sequência de uma candidatura ao Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento Regional dos Açores (SIDER) na área da Qualidade e Inovação e cofinanciado por fundos europeus no âmbito do FEDER (Proconvergência), o primeiro ‘drone’ aquático nascido nos Açores recolheu um apoio que ultrapassa os 150 mil euros.

Além dos fundos europeus, o projeto contou, também, com investimento privado.

Fotografia: Charlie Bettinson / Video: Ydreams

Fonte: Lusa

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