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Federação das Pescas dos Açores associa-se à IPNLF

Federação das Pescas dos Açores associa-se à IPNLF

Doze anos após a sua formação, a Federação das Pescas dos Açores internacionaliza-se e torna-se membro da maior organização do mundo, com responsabilidades na gestão do Atum: A IPNLF.

Aconteceu em Madrid, no passado dia 21, no Fórum Mundial sobre gestão dos tunídeos.

Defender uma das espécies mais emblemáticas do mar dos Açores, ter acento e voz em fóruns de projeção mundial foram os principais objetivos.

A adesão ocorreu no âmbito de um encontro sobre sistemas de concentração de pescado.

“Não podemos continuar de olhos fechados a uma das maiores calamidades com implicações no rendimento dos pescadores Açorianos”, disse Gualberto Rita, presidente da Federação das Pesas dos Açores.

“Nos últimos anos temos vindo a reduzir drasticamente as nossas capturas: Há 5 anos pescávamos 10 vezes mais, e, daí até então, em cada ano, pecamos metade do ano anterior. Acreditamos que, na origem deste problema estão sistemas de concentração de pescado, formas de pesca com grandes cercadores, altamente intensivas, pouco seletivas e “superpredadoras”, adiantou.

“Se fizermos uma análise atenta, tem sido nos peixes pelágicos que as descargas têm evoluído negativamente, com consequências no valor criado em lota e no
rendimento do pescador”.

O Atum é uma espécie migradora que “utiliza os mares de diferentes países”, na sua rota, antes de chegar aos Açores” – “não podemos ser vítimas de frotas que operam a sul, na costa africana, que não garantem a sustentabilidade”.

Enquanto para outras espécies, que nascem e vivem nos Açores, o esforço de gestão é feito pela região, no caso do Atum, o mundo tem que considerar a forma
sustentável como pescamos: “peixe a peixe”, de forma seletiva e sustentável. Não tenho dúvidas que o salto-e-vara é o caminho para continuarmos a garantir a pesca destas espécies nos mares do planeta”, enfatizou Gualberto Rita.

“Aderir à IPNLF é ter voz ativa, junto de potencias mundiais como o Japão, Africa do Sul, Brasil, Espanha ou França”, concluiu.

Na mira estão já um conjunto de projetos de parceria para a discriminação positiva do Salto-e-Vara.

Fonte: Açores 9

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