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Mil pescadores com a vida em risco
O assoreamento dos portos da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde está a pôr em risco a subsistência de mil pescadores. Ir ao mar, só quando a areia deixa. O que sobra nos portos falta nas praias. E o golfe da Estela está a ser engolido.
“São 120 barcos e mais de mil homens que, todos os dias, arriscam a vida. As barras estão muito perigosas. Estão à espera de que haja um acidente”, denunciou o presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar. Os pescadores, muitas vezes impedidos de ir ao mar até em dias de bom tempo, começam a “desesperar”. “Se até ao final do Verão não houver dragagens, vamos bloquear o porto de Leixões”, ameaça José Festas.
De acordo com a Associação, é preciso dragar 50 mil metros cúbicos de areia em Vila do Conde e 80 mil na Póvoa. A avaliar pelos últimos trabalhos, a dragagem pode custar mais de um milhão de euros e o Governo já fez saber que “não há dinheiro”.
“O próprio PSD – através do eurodeputado José Manuel Fernandes – admitiu que há fundos comunitários para dragagens. A comparticipação é de 95%. Falta é vontade política”, afirmou a deputada Isabel Santos, do PS, que questionou, agora, por escrito o Ministério do Mar.
Nos dois portos a acumulação de areias é evidente: na Póvoa, junto aos dois molhes, há “praias” recém-surgidas que, por exemplo, impedem já o acesso de barcos grandes aos últimos cais da marina poveira. Em Vila do Conde, o cenário repete-se.
Mas se de um lado a areia sobra, do outro falta: as praias estão cada vez mais pequenas; em Dezembro de 2008 uma parte da marginal de Aguçadoura ruiu, “engolida” pelo mar; há pouco mais de um ano, na Póvoa, foi o passadiço atrás das piscinas municipais. Agora, a erosão ameaça o campo de golfe da Estela, construído em 1988. “Os buracos 5 e 4 estão em risco. Precisamos de intervenção urgente”, explicou, ao JN, Alexandre Sousa, o presidente do Estela Golf Club.
Fonte: Jornal de Notícias