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Pesca com 20% de fraudes em todo o mundo
Organização analisou 25 mil amostras e detectou fraudes na etiquetagem.
Em média, uma em cada cinco, num total de 25 mil amostras de pescado testadas em todo o mundo, estavam mal catalogadas, indiciando fraude, revelou recentemente um relatório da Oceana, uma organização internacional exclusivamente dedicada à conservação dos oceanos.
De acordo com a organização, foram analisados mais de 200 estudos publicados em 55 países de todos os continentes, com excepção da Antártida, e todos, excepto um, revelavam casos de fraude. Tais estudos também revelavam que a má rotulagem ocorre em todos os sectores da cadeia de comercialização: retalho, venda por grosso, distribuição, importação/exportação, processamento, embalagem e desembarque.
A Oceana concluiu igualmente que nos Estados Unidos, estudos divulgados desde 2014 apontam para uma taxa média de fraude no sector na ordem dos 28%. Cerca de 65% dos estudos apontam para motivações económicas subjacentes à má etiquetagem.
O relatório da Oceana destacou as recentes tentativas da União Europeia (UE) para combater a pesca ilegal e melhorar a transparência e responsabilização na cadeia de abastecimento do pescado. Doze anos de investigações a fraudes no sector resultaram numa diminuição da taxa de fraude de 23% (em 2011) para 8% (em 2015) na UE.
Na opinião da Oceana, dados preliminares da UE permitem concluir que a documentação das capturas, a rastreabilidade e a etiquetagem são possíveis e eficazes, contribuindo para diminuir a fraude na comercialização do pescado.
Este relatório surgiu poucos dias antes da “Our Ocean Conference”, promovida pela organização, que decorre amanhã e depois em Washington D.C., nos Estados Unidos e durante a qual serão debatidos temas como as zonas marinhas protegidas, pesca sustentável, poluição marinha e impacto do ambiente nos oceanos.
Neste contexto, a Oceana apela a uma luta contra a fraude em defesa do direito consumidores a saberem o que estão a comer, extensível a toda a cadeia de abastecimento, desde os navios de pesca ou as quintas de aquacultura até ao prato dos consumidores.
Fonte: Jornal da Economia do Mar