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São Miguel: Corretora corre o risco de fechar se a laboração da empresa não for retomada de imediato
Mantém-se o impasse entre a Lotaçor e a Fabrica de Conservas Corretora. A empresa está sem laborar desde Segunda-feira da semana passada, ou seja há 11 dias.
De acordo com a situação relatada na última edição do Correio Económico, a decisão da gerência da Corretora de suspender a laboração decorre da impossibilidade de efectuar o pagamento à Lotaçor decorrente do pagamento das taxas e do aluguer das câmaras de frio, uma ves que este foi um ano extraordinariamente bom na safra de atum, deixando, assim, aquela empresa com dificuldades de tesouraria para pagar aos armadores, que pescam em exclusivo para a Corretora, que tem actualmente nos armazéns de frio da Lotaçor cerca de 800 toneladas de pescado. Mas este volume de pescado a empresa não consegue movimentar porque a administração da Lotaçor não o deixa sair sem que seja feito o pagamento das referidas taxas.
Presidente do Governo e Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca empenhados em tentar ultrapassar a situação da Corretora
Entretanto, o nosso jornal sabe que esta manha esta prevista uma reunião entre a gerência da Sociedade Corretora e o Secretario do Mar, Gui Menezes, que tutela a Lotaçor, para tentar desbloquear o problema, ou chegarem a uma situação de compromisso que acautele os interesses de ambas as partes. Esta reunião de hoje pode ser decisiva, pois a situação da Corretora esta a deteriorar-se em cada dia que passa sem laborar e a falhar os seus compromissos de entrega de produto aos seus distribuidores no estrangeiro, nomeadamente no mercado italiano, que representa cerca de 50% das vendas totais da Corretora, que o ano passado chegaram aos 5 milhões de euros em termos globais. Se não for conseguido um acordo hoje com o Secretario do Mar, a Corretora corre o risco de fechar, pois a empresa não aguenta mais tempo em incumprimento com os seus clientes.
A situação na Corretora nestes últimos dias tem vindo a ser acompanhada pessoalmente pelo Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, que está inteirado de toda a situação e também da parte do Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca, Ricardo Rodrigues, há uma grande atenção à situação devido ao impacto social que a paralisação daquela empresa tem para o Concelho de Vila Franca, onde se situa a sua única fábrica, a qual dá emprego a cerca de 90 pessoas, quase na sua totalidade mão-de-obra feminina, onde a Corretora paga anualmente cerca de 1 milhão de euros de despesas com pessoal, incluindo encargos com a Segurança Social.
Fonte: Correio dos Açores