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Venda de conservas açorianas no exterior atingem 41M€, mas há quebras na exportação

Venda de conservas açorianas no exterior atingem 41M€, mas há quebras na exportação

No ano de 2013, a venda de conservas açorianas para o exterior atingiu um total de 41 milhões de euros, de acordo com os dados publicados no Boletim Trimestral do Serviço Regional de Estatística relativo ao 3º trimestre, que pela primeira vez inclui dados sobre este sector. O Boletim passa a conter igualmente informação sobre Comércio internacional, Índice do custo de trabalho e “posse de computador” e “ligação à internet” por regiões.

Embora não seja referido, estima-se que se trate exclusivamente de conservas de atum. Há informação desde Janeiro de 2013 até Setembro de 2014, o que não permite ainda traçar conclusões anuais, mas apenas até ao 3º trimestre de 2014 parece haver novidades.

Desde logo, no conjunto dos primeiros 3 trimestres, há um aumento de 27,5% ao nível do peso (“massa líquida”), que passa de 6,3 mil toneladas para 8 mil toneladas. E um aumento ainda mais significativo na receita, de 30,43%, passando de 31,14 milhões de euros para 40,6 milhões. Registe-se que nos primeiros 9 meses de 2014, a Região terá facturado quase 99% do que foi facturado nos 12 meses de 2013.

Mas há uma alteração significativa do destino dessas expedições. Enquanto que em 2013 o mercado nacional foi responsável apenas por 9,2% do peso e 11,25% da receita, em 2014 aumentou a sua quota para 59,3% do peso e 60% da receita. A grande quebra foi nas vendas para fora da União Europeia (Países Terceiros), que baixou de 61% do peso e 51,2% do valor, para apenas 21,4% do peso e 15,2% da receita. Supõe-se que parte dessa quebra tenha a ver com os mercados da América do Norte. A União Europeia regista igualmente uma quebra do peso de 29,4% para 19,2%, e no valor de 37,5% para 24,66%.

Registe-se que devido ao aumento das expedições, este recuo na UE não encontra a mesma expressão nos valores absolutos, uma vez que a redução foi de 17% no peso (de 1.860 toneladas para 1.549) e de 14% da receita (que passa de 11,7 para 10 milhões de euros). Já no caso dos países terceiros a situação é pior, uma vez que há uma redução de 55% no peso e de 61% na receita.

A exportação para países terceiros manteve-se em 2014 como o produto menos valorizado: nos primeiros 3 trimestres de 2013 a um valor de 4,1 euros em 2013 e baixando para 3,6 euros em 2014. Nesse sentido, as expedições para território nacional estão a render muito mais, apesar de existir uma quebra significativa dos 6 euros em 2013 para 5,1 euros em 2014 – mas mesmo assim muito acima dos 3,6 euros dos países terceiros. A Europa, no entanto, é onde o produto é mais valorizado, atingindo este ano uma média de 6,46 euros por quilo, contra 6,3 no ano passado.

Fotografia: António Silveira

Por Manuel Moniz in Diário dos Açores

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