-
Artur Lima exige e consegue suspensão da proposta das Obrigações de Serviço inter-ilhas - 16 Abril, 2021
-
José Manuel Bolieiro é o novo Vice-Presidente da Comissão das Ilhas da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas - 16 Abril, 2021
-
Ministro do Mar e Secretária de Estado das Pescas inauguram Centro Biomarinho da Nazaré - 16 Abril, 2021
-
Ricardo Serrão Santos visita Navio de Investigação Mário Ruivo - 16 Abril, 2021
-
Embalamento de lapas instalado na nova lota do Funchal - 15 Abril, 2021
-
A tragédia do Titanic alguma vez passa pela cabeça de um passageiro num cruzeiro? - 15 Abril, 2021
-
Projecto de segurança contra incêndios está a atrasar Escola do Mar dos Açores - 15 Abril, 2021
-
A tradição do mergulho para a apanha de pérolas no Dubai - 12 Abril, 2021
-
Oito instituições assinam acordo para constituição do Observatório do Atlântico - 11 Abril, 2021
-
Conferência sobre Transportes reforçou cooperação entre as regiões da Macaronésia - 11 Abril, 2021

Médicos alertam para cuidados com consumo de peixe cru após caso de infeção parasitária
Os médicos voltaram a alertar para os cuidados a ter com o consumo de peixe cru ou mal cozinhado, após um homem ter sido tratado em Portugal a uma infeção parasitária depois de comer sushi.
O caso é relatado num artigo publicado na quinta-feira na revista médica BMJ, cuja primeira autora é a médica Joana Carmo, do Departamento de Gastroenterologia do Hospital Egas Moniz, em Lisboa.
A equipa médica portuguesa descobriu, após um exame ao estômago (endoscopia) e análises laboratoriais, que o homem, de 32 anos, que tinha comido sushi e se queixava de dores fortes na barriga, vomitava e estava febril, continha na mucosa gástrica um parasita da espécie ‘Anisakis’, que causa a infeção conhecida pelo nome científico de ‘Anisakiasis’.
A ‘Anisakiasis’ surge quando se consome peixe cru, como por exemplo sob a foram de sushi, ou mal cozinhado, que está infetado com parasitas da espécie ‘Anisakis’, que podem contaminar salmão, arenque, bacalhau, cavala, lulas, alabote e anchovas.
A infeção parasitária pode afetar o estômago, o intestino, órgãos fora do aparelho gastrointestinal ou gerar reações alérgicas como urticária e choque anafilático.
No caso descrito na BMJ, tratou-se de uma ‘Anisakiasis’ gástrica, em que os sintomas (dor de barriga, náuseas e vómitos) se desenvolvem rapidamente (ao fim de uma a oito horas) após a ingestão de peixe cru.
Os médicos removeram o parasita com uma pequena rede de plástico inserida no estômago com o auxílio de um endoscópio (tubo ótico com câmara que é usado nos exames ao estômago).
Segundo os autores do artigo, a maioria das infeções por parasitas ‘Anisakis’ têm sido reportadas no Japão, onde é muito comum a dieta alimentar à base de peixe cru, mas estes parasitas já foram observados em peixe colocado à venda em mercados e supermercados em Espanha.
Os médicos advertem que o consumo de refeições como sushi tem-se popularizado nos países ocidentais e aconselham os profissionais de saúde a estarem atentos aos sintomas de doentes que comeram peixe cru ou pouco cozinhado, como dores de barriga, náuseas, vómitos, obstrução intestinal e sangramento nas fezes, que se podem confundir com sintomas de outras patologias, como apendicite e úlceras.
Em muitas situações, o diagnóstico da ‘Anisakiasis’ só se consegue após uma cirurgia.
Cozinheiros de sushi devidamente treinados podem detetar parasitas de ‘Anisakis’, uma vez que são visíveis no peixe. Para evitar a infeção parasitária, os especialistas aconselham a cozedura do peixe a 70ºC ou o seu congelamento a -20ºC pelo menos durante três dias.
Fonte: Observador