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Planta substituta de sal desenvolvida em cultura in vitro por aluna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Cresce em estuários e salinas e é também conhecida por “sal verde”. A salicórnia é uma planta “comestível e saborosa, que conserva o sal e que pode ser mantida no frio por muito tempo. Em alguns países europeus é considerada produto gourmet”, afirma Marisa Ribeirinho, aluna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que estabeleceu in vitro as condições para a produção da espécie.
Na procura de um tema para o relatório final de estágio da Licenciatura em Genética e Biotecnologia da UTAD, teve acesso, numa feira de produtos tradicionais, a um folheto que mencionava a salicórnia. Apresentou a ideia a Fernanda Leal, docente e investigadora do Departamento de Genética e Biotecnologia da UTAD e, em conjunto, desenvolveram uma “forma alternativa para a produção desta planta”.Das 148 espécies de Salicórnias conhecidas decidiram-se pela ramosissima e após um “processo complexo” chegaram a um meio com “vantagens relativamente às técnicas convencionais de propagação”.
Salicornia estabelecida in vitro
“Pensámos que, sendo esta uma planta sazonal e dependente de água salgada, a cultura in vitro permitiria manter a planta, aumentar consideravelmente o seu número e propaga-la em condições assépticas, evitando contaminações”, assegura Marisa Ribeirinho.
Opinião confirmada por Fernanda Leal já que o método permite o “desenvolvimento geneticamente idêntico da planta, em condições idênticas ao ambiente natural, o que nem sempre é possível neste, devido às mudanças sazonais”.
Apesar das inúmeras vantagens do seu consumo, a salicórnia é pouco conhecida pelos consumidores portugueses. No entanto, é conhecida e consumida em países como França e Holanda por ser comestível, salgada, suculenta e saborosa, por isso muito utilizada em saladas, como substituto de sal.
Mas as suas vantagens não se ficam por aqui: “As sementes, ricas em óleos comestíveis, possuem grandes quantidades de iodo, fósforo, zinco e vitaminas A, C e D”, e a planta é referenciada, em estudos científicos internacionais, por conter propriedades antioxidante, antitumoral, diurética, estética, entre outras”, afirmam as investigadoras.
Salicornia ramosissima – salinas de Aveiro
Factores que imprimem maior importância à micropropagação da salicórnia já que “a propagação fiel de um genótipo seleccionado por meio de técnicas de cultura in vitro, irá contribuir para a multiplicação e produção em escala desta planta, num curto espaço de tempo e livre de contaminações, durante todo o ano e a preços competitivos”, conclui a investigadora Fernanda Leal.
Identificadas as condições de micropropagação pelas investigadoras, segue-se o pedido provisório de patente para este meio de desenvolvimento da salicórnia.
Fonte: Ciência Hoje